Uma das coisas mais enriquecedoras desta vida é colocarmos em prática aquilo que aprendemos. Um estudante de direito, medicina ou qualquer outra área do conhecimento ficará muito contente em ver, na prática, seu conhecimento sendo aplicado. E quanto mais ele aprende e aplica, mais especialista ele fica.
A vida cristã também é assim. Aprendemos e praticamos; quanto mais praticamos, mais aprendemos e mais desejamos praticar. Certamente, é isso que Paulo deseja que os efésios façam, que eles pratiquem o que estão aprendendo. De nada adianta o conhecimento sem que ele nos conduza em nossa prática. Nada adiantará saber sobre o amor de Deus se não vivenciamos esse amor na prática; de nada valerá se soubermos do plano eterno de Deus em salvar pecadores se isso não trouxer implicações para nossa vida.
Comentando Efésios 4.17. Willian Hendriksen diz:
Este “portanto” conecta o presente parágrafo com todo o anterior, ou seja, 4.1–16. Motivados por sua sublime vocação, seu dever é prestar serviço com vistas à edificação do corpo de Cristo, e não mais conduzir-se como fazem os gentios.1
Por isso, meus irmãos, o que se espera de nós, uma vez que fomos eleitos por Deus desde a fundação do mundo, é uma vida completamente distinta dos gentios. À medida que aprendemos acerca da vontade revelada de Deus na Escritura, mais devemos praticá-la. Logo, o que se espera de nós é que, semana após semana, tenhamos progresso em nossa caminhada, uma vez que a cada semana aprendemos mais. Se não praticamos o que aprendemos, é bem possível que ainda não compreendemos a vontade de Deus ou estejamos com o nosso coração endurecido.
Recordemos as palavras de Jesus: “Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda [conhece e pratica], esse é o que me ama” [Jo. 14.21].
Pr. Ricardo
1 William Hendriksen, Efésios e Filipenses, ed. Cláudio Antônio Batista Marra, trans. Valter Graciano Martins, 3a edição., Comentário do Novo Testamento (São Paulo, SP: Editora Cultura Cristã, 1992), 24