Uma obra de todos

“todo o corpo, bem ajustado e consolidado pelo auxílio de toda junta, segundo a justa cooperação de cada parte, efetua o seu próprio aumento para a edificação de si mesmo em amor”. [Ef 4.16].

Imaginem uma pessoa que deseja construir uma casa; após aprovação do projeto, ela contrata uma equipe para execução a obra. Empolgada, essa pessoa vai à obra no primeiro dia. Para sua surpresa, ela percebe que apenas uma pessoa trabalha enquanto as demais ficam olhando o andamento. Durante semanas é isso que se vê: um trabalha enquanto os demais apenas assistem. Muitas perguntas surgem: “Será que essa casa ficará pronta em quanto tempo?” “Será que é justo que a equipe contratada coloque apenas um para trabalhar enquanto os demais assistem?” “Até quando a paciência do dono dessa casa vai durar?” Ou “até quando esse trabalhador, fazendo tudo sozinho, vai aguentar a tarefa?” Nem precisa entender de obra para saber que isso não vai dar certo!

É isso que, muitas vezes, acontece da igreja. Pensamos que uma igreja pode dar certo com poucas pessoas trabalhando, enquanto as demais apenas assistem [e dão uma nota pelo trabalho]. Carregamos a falsa ideia de que a Seara do Senhor é tarefa para poucos [especialistas e muito capacitados]. Entretanto, o que vemos no Novo Testamento é uma mutualidade entre os irmãos, o que chamamos de “leigos”. É óbvio que precisamos da liderança, e que ela é responsável pelo “aperfeiçoamento dos santos” [Ef. 1.12], mas ela não é responsável por todo trabalho. A própria tarefa do aperfeiçoamento sugere a participação de todos.

Certamente, nem todos trabalharão na mesma proporção ou terão a mesma capacidade, mas a “justa cooperação” determina que todos devem contribuir nesta Obra. Portanto, você está disposto[a] a ajudar na Seara ou quer ficar apenas olhando os outros fazerem? Com diz o Hino 312: “Há trabalho certo para ti cristão, Que demanda toda tua devoção. Vem, alegremente, a Cristo obedecer, Pois só tu, ó crente, o poderá fazer!”

Logo, você acha mesmo que é possível edificar uma igreja sem colocar a mão na massa?

Pr. Ricardo

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