Filhos de Deus

“Vede que grande amor nos tem concedido o Pai, a ponto de sermos chamados filhos de Deus; e, de fato, somos filhos de Deus. Por essa razão, o mundo não nos conhece, porquanto não o conheceu a ele mesmo”. [1Jo. 3.1]

No início desse texto, a condição feliz dos santos do Deus Altíssimo é proclamada diante do mundo: “Vede que grande amor nos tem concedido o Pai”. Podemos muito bem admirar tal condição com um espírito de espanto e admiração, mas a eloquência dos homens e dos anjos não é capaz de expressá-la de modo total e eficaz.

Precisamos investir um tempo no Céu antes de fazermos uma pesquisa adequada de todas as dimensões desse amor eterno e paternal de Deus em Cristo aos Seus filhos adotivos. “A ponto de sermos chamados filhos de Deus”.

Nós, pecadores vis, indignos miseráveis, nós, que não somos anjos, que não deveríamos sequer ser chamados de servos nem de amigos, somos chamados de filhos de Deus. Nós, que éramos filhos do diabo, que possuíamos labaredas do inferno em nós, não fomos apenas tirados do fogo, mas chamados de filhos de Deus […].

Essa nossa condição excelente e abençoada é espiritual, oculta do mundo; o mundo não nos conhece, e por uma boa razão: porque não conhece a Deus. O mundo não conhece nosso Pai, não conhece Cristo, portanto não nos deve causar espanto o fato de o mundo não nos conhecer e ignorar a condição feliz em que nos encontramos por sermos filhos de Deus.

Não fomos apenas tirados do fogo, mas chamados de filhos de Deus.

Jeremiah Burroughs

Randall J Pederson, org., Dia a Dia com os Puritanos Ingleses: Devocional Diário, trad. Maria Emília de Oliveira (Curitiba/PR, Brasil: Publicações Pão Diário, 2021), 86

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