“…até que todos cheguemos à unidade da fé e do pleno conhecimento do Filho de Deus, à perfeita varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo.” [Ef. 4.13]
Crianças desejam ser como seus pais; muitos, inclusive, vão bem além do que seus pais foram. Muitos deles ultrapassam a altura dos pais, sua formação acadêmica, suas conquistas materiais etc.
Mas há uma estatura que não podemos alcançar: a de Cristo. Sem dúvida, Cristo é nosso irmão mais velho, cujo modelo deve ser o alvo de cada cristão. Isso nos leva a duas questões extremamente importantes; a primeira, como disse, é que Ele é o nosso modelo e padrão e a segunda é que não chegaremos a este padrão, nesta vida.
O que fazer então? Desistir por que não conseguiremos alcançar tal padrão? Conformarmos com o que já somos sem buscar qualquer progresso na vida cristã? Certamente que não. Devemos, com a graça de Deus, e convictos de que fomos alcançados para isso, caminhar rumo à maturidade cristã, a qual Paulo chama de “varonilidade, à medida da estatura da plenitude de Cristo” [Ef. 4.13]. Devemos deixar de lado a meninice e, ávidos por crescimento espiritual, olhamos firmemente para o Autor e Consumador de nossa fé [Hb. 12.2].
Como diz Calvino:
Nenhuma menção se faz à velhice, porquanto em tal progresso não há lugar para ela; no entanto, o vigor desta vida espiritual é continuamente progressivo.1
Portanto, cresçamos em nossa vida espiritual; deixemos de lado as coisas de menino e busquemos ser moldados à imagem de Nosso Senhor Jesus Cristo [Rm. 8.29]. Só assim, poderemos desfrutar de uma vida plena, mesmo diante das dificuldades; somente quando entendermos a necessidade de sermos como Cristo, viveremos para Ele e não para nós mesmos.
Pr. Ricardo
1 João Calvino, Gálatas, Efésios, Filipenses e Colossenses, ed. Tiago J. Santos Filho et al., trans. Valter Graciano Martins, Primeira Edição., Série Comentários Bíblicos (São José dos Campos, SP: Editora FIEL, 2010), 302
